O uso abusivo de medicamentos, observado nos últimos anos, tem contribuído para aumentar a incidência de “reações adversas a drogas”. A definição de “hipersensibilidade a drogas” abrange todas as reações adversas, independente do mecanismo fisiopatológico, porém o termo alergia é usado quando há participação do sistema imunológico.
Na alergia a drogas, o quadro clinico é variado, podendo acometer a pele e outros órgãos. As manifestações cutâneas podem variar desde vermelhidão na pele até um quadro mais grave como a Síndrome de Stevens-Johnson.
As drogas que frequentemente desencadeiam alergia são antibióticos (betalactâmicos, tretraciclinas e sulfonamidas), anti-inflamatórios não hormonais e anti-convulsivantes (carbamazepina, fenitoína e fenobarbital).
O diagnóstico baseia-se na história clinica detalhada e no exame físico. Os exames laboratoriais e testes alérgicos têm pouco valor clinico. Em alguns casos, pode ser realizado Teste de Provocação (em ambiente hospitalar).
O tratamento é orientado de acordo com o quadro clinico. Reações mais leves podem ser tratadas com anti-histamínicos e corticóides, e nos casos mais graves, como anafilaxia, além dos medicamentos citados, indica-se adrenalina intramuscular, entre outras medidas.
Nos casos em que o medicamento seja a única possibilidade de tratamento do paciente (por exemplo, insulina em paciente diabético e ácido acetil salicílico (AAS) em doenças cardiovasculares), recomenda-se a dessensibilização, realizada em ambiente hospitalar.
Este material tem caráter informativo, não devendo ser utilizado para fins de diagnóstico e tratamento. Recomendamos sempre consultar um especialista.